Eu encontrei uma pessoa que fez uma postagem sobre esse caso do
Espião Eduard Snowden que bate com o que eu penso, questionando sobre:
ex espião vivo?????? Nem preciso escrever nada sobre isso, pois a
postagem dele vai direto no que eu gostaria de questionar e fazer outras
pessoas alertas a essas dúvidas e questões da situação. Aproveite para
ler a postagem maravilhosa doInformacaoIncorreta:
http://informacaoincorrecta.blogspot.de/2013/07/snowden-e.

Comecemos pelo fim: Portugal recusa a aterragem do avião de Morales por suspeitas sobre Snowden.
Com o desgoverno que merece, provavelmente a maioria dos Portugueses nem entendeu bem o que se passou.
Resumo para os mais distraídos: Portugal recusou na passada Terça-feira a
aterragem para reabastecimento do avião do Presidente da Bolívia, Evo
Morales, por suspeitas de que Edward Snowden, um informático que fugiu
dos Estados Unidos após a divulgação de documentos secretos, estivesse a
bordo.
O chefe da diplomacia boliviana, David Choquehuanca, negou que Snowden
estivesse a bordo e referiu que o avião de Morales, que regressava de
Moscovo, pôde aterrar em Viena, acrescentando que se cometeu "uma
injustiça com suspeitas infundadas".
Quem é Snowden? É o ex-agente da CIA ("ex"?), acusado de traição pelos
EUA por ter divulgado documentos que mostravam que os norte-americanos
estavam a espiar cidadãos e governos em grande escala. Snowden está a
tentar evitar a extradição para o seu País, onde seria julgado.
Mas afinal: Snowden estava ou não no avião? Não, não estava.
Pessoalmente teria ficado surpreendido (e muito) se
Portugal tivesse mostrado uma atitude corajosa. Assim não foi, o que foi
feito foi simplesmente respeitar as ordens de Washington, por isso:
tudo normal. Única consolação: Portugal não foi o único cobarde, pois a
aterragem foi também recusada na França e na Italia.
As Grandes Revelações
O que há para comentar? Não muito em boa verdade.
Sabemos que os EUA espiam os próprios cidadãos e os Países estrangeiros
também. Sabemos isso não por causa das palavras de Snowden, esta foi
apenas uma nova confirmação. Os serviços secretos existem mesmo com esta
finalidade.
Sabemos que boa parte dos Países ocidentais não têm uma politica
estrangeira própria, sendo esta condicionada pelas ordens de Washington.
Sabemos que os EUA querem Snowden e é normal que assim seja. Não apenas
para julga-lo, não apenas para fazer dele um "exemplo": provavelmente em
Washington alguém quer tentar perceber o que realmente se passa, quais
as forças em jogo.
Isso porque nesta história aparece a palavrinha mágica: CIA. Escreve-se "CIA", lê-se "dúvida".
A verdade é que nem a Administração do Presidente pode saber o que realmente quer este que é um "estado dentro do estado".

No últimos tempos, os "escândalos" que atingem o governo do simpático Barack Obama aumentaram
significativamente. Em parte isso é normal: nas segundas partes dos
mandatos presidenciais é isso que acontece, são as forças da oposição (e
não só) que começam a trabalhar tendo em vista a mudança.
Mas desta vez a coisa pode ser um pouco diferente: este não é um "caso
Lewinski", nada de trabalhos internos (ou debaixo da mesa). As
revelações de Snowden põem em causa a legitimidade dum governo que espia
tudo e todos, sem respeito pelas mais básicas regras da privacidade e
da diplomacia.
Snowden como Julian Assange? Assim parece.
E, tal como no caso de Assange, fico com as minhas dúvidas, porque a
pergunta que é obrigatório fazer é a seguinte: o que realmente revelaram
os dois? O que sabemos agora que não sabíamos antes? Quais "grandes
verdades" foram desvendadas? O Leitor aprendeu algo que antes nem
conseguia imaginar?
Em ambos os casos houve uma fuga de informações "controlada": alguns
nomes, alguns dados para comprovar algo que já era sabido antes. E com
consequências limitadas, nada que a diplomacia e o poder de Washington
não consigam controlar.
Os cidadãos e as empresas americanas tiveram as provas de que o governo
dele controla as conversas, os dados pessoais. Alguma coisa mudou?
Os governos ocidentais tiveram a prova de que existem coisas chamadas
"serviços secretos" e que estes funcionam. Alguma coisa vai mudar?
Pessoalmente tenho simpatia por Assange e Snowden e acho que seria um
dever ajuda-los. Mas a impressão é que sejam engrenagens dum jogo que
tem objectivos bem maiores; e que nós, infelizmente, não temos todas as
peças para completar um quebra-cabeça particularmente complicado.
Escrevi no longínquo 2010:
Reflectir acerca de quê? Acerca dum simples pormenor: Julian Assange está vivo.
Talvez para a maioria dos Leitores isso possa parecer como um facto
normal, mas não é: se Assange fosse verdadeiramente um perigo para os
Estados Unidos e, sobretudo, para Israel, estaria debaixo de dois
metros de terra. E não desde agora.
Pelo contrário, Assange é vivo e saudável.
Continuo a pensar o mesmo, também em relação a Snowden.
P.S.: acho também que Evo Morales não vai voltar para Europa tão depressa...
Ipse dixit.
http://informacaoincorrecta.blogspot.de/2013/07/snowden-e-o-misterio-dos-espioes-vivos.html